LEONARD COHEN – o Dandy impiedoso
Crônica da Era do Rock, por Rodrigo Leste
Difícil imaginar
aquela voz grave, canadense, cantando.
Difícil imaginar aquele dandy,
com pinta de alto executivo,
poetizando a vida
e posando de band leader em grandes palcos.
Seus versos,
muitos degraus acima
do patamar das canções do rock and roll,
destilam em tom blasé,
ceticismo e amargura.
Com melodias inusitadas,
as composições de Leonard alçam o pop
a um tom quase erudito.
Amparado em bem construídos backing vocals,
a música de Cohen serve como base
para o discurso meio cantado desse poeta-menestrel.
DEMOCRACY:
“A democracia está chegando nos EUA.
Sou sentimental, entende?
Amo o meu país, mas não aguento a baboseira.
Não sou de esquerda, nem de direita,
só quero curtir a noite em casa
mergulhado naquela telinha sem esperança.
Sou teimoso como os dejetos.
Será que dá pra piorar?
Sou lixo, mas carrego esse buquê selvagem.
A democracia está chegando aos EUA.”
*Bob Dylan sobre Leonard Cohen:
“Até onde eu sei, ninguém mais chega perto disso (perfeição?) na música moderna. Seu dom ou genialidade está em sua conexão com a música das esferas.”
Revisão: @HilarioRodrigues
Colaboração midiática: @Rodrigo_Chaves_de_Freitas
Para conhecer mais sobre a história do Rock’Roll, acesse:
https://www.caleidoscopio.art.br/category/cultural/cultural-musica/rock-roll/
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