A ETERNA ATUALIDADE DOS BEATLES
Crônica da Era do Rock, por Rodrigo Leste
Entra ano, sai ano e sempre aparecem novos fatos e eventos envolvendo essa que é a maior banda de rock de todos os tempos. Sim. Sei que já falei da minha preferência pelo The Who, mas é insofismável reconhecer e admitir a gigantesca importância dos 4 de Liverpool. Existe uma aura, uma mística que abraça o quarteto mágico, que, como um farol, lança luz aos navegantes que buscam orientação para suas viagens no universo do rock and roll. E que brilho tem a luz The Beatles. Independente de toda a jogada capitalista de arrancar grana de tudo, com a mesma volúpia de quem tenta tirar leite das pedras, a história escrita através de músicas inesquecíveis, deixa os rastros dos 4, tatuados na superfície do planeta.
Pesquisando na internet vamos encontrar fãs clubes, bandas covers, youtubers, sites, blogs, bares temáticos e mais uma porção de gente que se liga nos Beatles. Seja em Katmandu ou na Noruega, no México ou na Nova Zelândia, beatlemaníacos de todas as tribos, mantendo viva a lenda. As regravações de músicas compostas por eles receberam versões as mais diversas, desde famosos como David Bowie (Across the Universe e outras) até ilustres desconhecidos como PM Dawn que fez uma estranha releitura de Norwegian Wood (teve mais 109K visualizações). E pasmem-se! O comediante Jim Carrey cantou I’m The Walrus de forma competente, apesar de tentar fazer umas palhaçadas meia-boca no vídeo.
Não são maiores, nem mais conhecidos do que Jesus, mas o ícone Beatles aparece para os alienígenas com a mesma importância das pirâmides dos Egito ou da Torre Eiffel. A análise de por que a banda se constituiu nesse imenso sucesso é desafio para os estudiosos, por isso não quero me meter nessa seara, mas a pegada romântica (I wanna hold your hand, PS – I Love you, dentre outras), combinada a uma grande dose de ingenuidade, fez com que as caras bonitas dos rapazes de Liverpool fossem conquistando fãs nos quatro cantos do mundo.
Abro parêntesis para destacar a importância do produtor musical dos Beatles, George Martin. Além disso, foi o maestro e engenheiro de som do grupo. Ele produziu quase todos os álbuns da banda, além de cuidar das gravações e fazer os arranjos da maioria das canções. Através dele, os Beatles assinaram com a EMI, uma gravadora gigante. Então, resumindo: os Beatles vinham com as ideias e George Martin executava.
Outro dia fui ao Boteco dos Beatles, um evento produzido e apresentado pela jornalista e youtuber Daniella Zupo. Em um simpático e despojado estúdio de gravação no bairro Paraíso, em BH, ela falou da trajetória dos Beatles de forma agradável e fluente. Teve a companhia de um grande expert no assunto, o músico e compositor Aggeu Marques. Ele é uma das maiores autoridades em Beatles, sabe tudo sobre a banda. Tocou na Sgt Peper’s Band e Hocus Pocus (Beatles’s covers) e esteve inúmeras vezes em Liverpool. O grande destaque da carreira autoral de Aggeu é a música Máquina do Tempo, gravada por Flávio Venturini e pela dupla Chrystian e Ralf.
Depois da prosa veio o show Beatles em que Aggeu foi acompanhado pelo excelente tecladista e produtor musical, Carlos Ivan. Zivan foi quem me aplicou no uso e manejo do computador, inclusive me dando os caminhos para gravação e produção de áudio. No estúdio dele produzimos o CD que acompanha meu livro: A Infernização do Paraíso, prosa poética que trata dos desmandos promovidos pelas mineradoras predadoras que, dentre outras façanhas, foram responsáveis pelos crimes ocorridos em Mariana e Brumadinho.
Fechando os olhos ao ouvir Aggeu e Zivan acreditava estar na presença dos Beatles, tal foi a competência deles em suas bem-sucedidas releituras dos grandes clássicos da banda. Um barato total!
Viva The Beatles, garantia de música boa pelos séculos e séculos, amém (Amem!)
Segue uma salada de vídeos dos Beatles:
Revisão: Hilário Rodrigues
Colaboração midiática: @rodrigo_chaves_de_freitas
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