Orquestra 415 de Música Antiga
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Orquestra 415 de Música Antiga

Nos dias 07, 08 e 09 de setembro, quarta, quinta e sexta-feira, às 20 horas, no Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes, a Cia Mineira de Ópera e a Orquestra 415 de Música Antiga apresentam a sensacional Cantata do Café de J. S. Bach.

A Cantata do Café é uma das obras mais interessantes e singulares do grande compositor alemão Johann Sebastian Bach. Quase uma pequena ópera, a peça apresenta uma garota viciada por café e seu pai que tenta a todo custo fazer com que a menina largue esse vício hoje tão normal. A obra foi escrita quando Bach dirigia uma orquestra que se apresentava na porta de um famoso café em Leipzig, o Café Zimermann, e tinha como finalidade divulgar a casa que o apoiava. Por esse motivo, a Cantata do Café por ser considerado quase que um dos primeiros “jingles” do mundo. A obra tem direção musical e regência do maestro André Brant, direção cênica de Henrique Passini, cenários e figurinos de Cibele Navarro e será interpretada pelos solistas: Camila Corrêa, André Fernando e Wagner Soares.

A montagem também contará com um prólogo cênico, escrito por André Salles-Coelho.

O Teatro João Ceschiatti fica no Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1537. Os ingressos custam R$ 60,00 inteira e R$ 30,00 meia e já estão à venda na bilheteria do teatro ou pelo site www.eventim.com.br

“Montar qualquer obre de Bach já é um desafio pela importância musical do compositor, levar aos palcos uma obra singular desse compositor é um desafio maior ainda”, diz André Salles-Coelho, corrdenador da Orquestra 415.

A Orquestra 415 de Música Barroca é hoje a única orquestra independente do Brasil, especializada em música barroca com instrumentos de época (cópias fieis de instrumentos originais do período) a realizar concertos mensais, regulares, com repertórios variados.

“Os desafios de levar uma temporada assim são imensos, já que uma orquestra tem muitas demandas e, no nosso caso, são maiores ainda, pois tudo, instrumentos, partituras, interpretação, formação da orquestra, é tudo muito particular, especial, artesanal, o que exige muito investimento. Tudo é muito trabalhoso, mas muito gratificante, pois conseguimos levar ao público as peças da maneira como os compositores imaginaram”, afirma Salles-Coelho.

OUTRAS INFORMAÇÕES:

A Cia Mineira de Ópera, fundada em 2015, tem como principal objetivo levar espetáculos operísticos a localidades em que raramente dispõe deste tipo de arte. Além disso, visa também dar oportunidades a jovens e promissores artistas que desejam desenvolver seu trabalho.

A Cia Mineira de Ópera estreou suas atividades com a montagem da ópera Rita, no Teatro Nova Lima, em outubro de 2015 e, no ano de 2016, realizou uma temporada no Teatro Raul Belém Machado, em Belo Horizonte, onde apresentou 5 títulos diferentes. Em Janeiro de 2017, participou pela primeira vez da 43ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança na capital mineira. Neste mesmo ano, realizou uma apresentação no Teatro Municipal Usina Gravatá, em Divinópolis, participando da comemoração dos 10 anos do teatro. Ainda em 2017, realizou uma remontagem da ópera O Segredo de Susanna, no Teatro Raul Belém Machado e,  neste mesmo teatro, realizou a montagem da ópera infantil João e Maria.

Já realizou a montagem da ópera barroca “La Dirindina”, de Domenico Scarlatti, em 2016, “Livietta e Tracollo”, de Pergolesi, em 2018 e agora realizará Le Devin du Village, de J. J. Raousseau, em parceria com a Orquestra 415.

A Orquestra 415 de Música Antiga foi criada em 2012 com o objetivo de oferecer ao público um espetáculo único: executar as obras dos grandes gênios barrocos da maneira como eles imaginaram e o público da época ouviu. Iniciativa pioneira em Minas Gerais, a Orquestra 415 de Música Antiga tem como diferencial a utilização de instrumentos como o traverso, a viola da gamba, o violino barroco, a flauta doce, o violoncelo barroco, a guitarra barroca, o alaúde e a espineta, todos réplicas dos instrumentos utilizados nessa época. Essa particularidade e o requinte na interpretação das músicas recriam uma sonoridade única, muito próxima àquelas que as pessoas da época ouviam.

Em suas apresentações, a Orquestra recria uma oportunidade bastante peculiar: ouvir uma obra barroca de um grande compositor do período, tocada por instrumentos para os quais as músicas foram compostas. Provocando, assim, uma experiência única e rara, como uma viagem no tempo através de um espetáculo singular, agradável e transcendente.

Johann Sebastien Bach nasceu em Eisenach, Alemanha, em 1685. É um dos maiores nomes da música mundial. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em diversas cortes e igrejas alemãs. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo.

MAESTRO ANDRÉ BRANT (Direção Musical): Natural de Belo Horizonte, o jovem regente André Brant formou-se bacharel em regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na classe dos professores Charles Roussin e Silvio Viegas. Formou-se mestre em regência orquestral e correpetição na Hochschule für Musik (Escola de Música) de Dresden, na Alemanha, na classe de Christian Kluttig e de Stefen Leißner. Tem-se destacado atualmente como regente e pianista acompanhador em produções operísticas, dentre as quais: “Cosi fan Tutte” de Mozart, “Falstaff” de Verdi, “Das Tapfere Schneiderlein” de Mitterer, “Hänsel und Gretel” de Humperdinck, “Werther” de Massenet e “Rita” de Donizetti, “O Segredo de Susanna” de Wolf-Ferrari, “La Cambiale di Matrimonio” de Rossini dentre outras

HENRIQUE PASSINI (Direção Cênica): Henrique Passini tem atuado nas áreas de criação e direção cênica de espetáculos líricos desde 2001, tendo trabalhado como assistente de renomados diretores brasileiros como Juarez Cabello, Francisco Mayrink, Carla Camurati, José Possi Neto e Cleber Papa. Em 2004 foi convidado para assumir a remontagem da ópera “Il Barbiere di Siviglia”, de Rossini no Festival de Ópera do Theatro da Paz em Belém do Pará.

Entre as direções assinadas por Passini estão as óperas “La Serva Padrona”, de Pergolesi, “Gianni Schicchi”, de Giacomo Puccini e “Um Homem Só”, de Camargo Guarnieri, “Bastien e Bastienne”, “O Empresário”, “A Flauta Mágica”, “Apollo et Hyacinthus” e “Così fan Tutte”, de Mozart e “L’Elisir d’Amore”, de Donizetti. Foi indicado ao XIII Prêmio Carlos Gomes como melhor diretor cênico de 2009.

CIBELE NAVARRO (Figurino): É artista visual, designer de moda, figurinista, professora/coordenadora/gestora de cursos e consultora de projetos. Profissional transdisciplinar, atua na convergência de linguagens criativas, técnicas, educacionais e administrativas, objetivando construir imagens e contextos que fortaleçam o imaginário coletivo. Vivenciou durante sua formação artística e acadêmica, o cotidiano das cidades do Rio de Janeiro (seis anos), Amsterdam (dez anos) e Berlim (dois anos). Mestre em Artes Visuais (UFMG). Bacharel em Literatura Dramática (faculdade de Artes Cênicas/UNIRIO). Graduada em Objetktheater (Escola Superior de Artes de Amsterdam –‐ HDK/Holanda). Especialista em Design de Moda (SENAI–‐ Cetiqt/RJ). Estudou Figurinos na Escola Superior de Artes de Berlim e Cultura de Moda (Anhembi Morumbi/SP). Entre 1986 e 2015, lecionou em cursos livres, de extensão, de graduação no ensino superior (bacharelado do UNITRI/Uberlândia), tecnológico (UNIBH) e de pos–‐graduação (FUMEC). Atuou como coordenadora no trigésimo Festival de Inverno da UFMG, na área de Artes Cênicas e na área do Design de Moda, coordenou cursos de bacharelado (UNITRI) e tecnólogo (UNIBH). Supervisionou o Eixo Produção Cultural e Design, coordenando os cursos técnicos de Modelagem do Vestuário Produção de Moda no programa Pronatec. Foi diretora do Centro de Formação Artística e Tecnológico (Cefart) da Fundação Clóvis Salgado (FCS/MG) viabilizando dentre outros projetos, a criação das escolas de Tecnologia do Espetáculo, de Artes Visuais e a disciplina Ópera Escola. Designer de peças únicas do vestuário, desenvolve design autoral registrado em editoriais de revistas nacionais e internacionais. Figurinista, com inúmeras produções para o teatro, televisão e cinema, assinou os figurinos das óperas “Carmem”(2015) e o “O Guarani”(2016) na FCS/Palácio das Artes (MG), “Vênus e Adonis” (Cefart /2017) e para a Cia Mineira de Ópera, Livieta e Tracollo (2018) e “Le Devin du Village” (2019).

CAMILA CORRÊA (Soprano): A soprano mineira Camila Corrêa formou-se bacharela em canto erudito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na classe da Profa. Dra. Mônica Pedrosa. Já interpretou personagens de óperas e operetas, tais como: Adina, Despina, Dirindina, Fanny, Gretel, Papagena e Rita. Interpretou também a ópera “Il Ballo delle Ingrate”, de Monteverdi, no Coro delle Ingrate. Entre importantes obras como solista, executou a Cantata “Membra Jesu Nostri”, de D. Buxtehude, o “Te Deum”, de M. Charpentier, o “Glória”, de G. Händel, e as Bachianas n.5, de Heitor Villa – Lobos, cantadas sob a regência do maestro Lincoln Andrade.

Camila Corrêa estudou com a soprano Cristiane Roncaglio em Berlim. Entre dezembro de 2013 e março de 2014, participou da produção “Das Phantom der Oper” em turnê musical (Alemanha, Suiça, Aústria e Itália), pela produtora World Wide Events, com a Polnischer Orchester.

WAGNER SOARES (Tenor): é tenor lírico,  formado pela UFMG e ator com formação profissional na PUC Minas. Já atuou como solista em diversas óperas como Lá bohème,  a flauta mágica, o elixir do amor, madame butterfly, Rita, entre outras. É integrante da Cia mineira de ópera e do grupo Tenores in Concert, além de compor o quadro do Coral Lírico de Minas Gerais.

ANDRÉ FERNANDO (Baixo): Natural de Belo Horizonte, André Fernando é bacharel em canto pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Em 2004 ingressou como cantor contratado no Coral Lírico de Minas Gerais onde, desde 2014, é membro efetivo. Em 2008 foi vencedor do Jovem Músico BDMG e do Segunda Musical. Atuou como solista nas obras: Missa da Coroação (W. A. Mozart), Grande Missa em Dó menor (W. A. Mozart) e Réquiem (W. A. Mozart), Missa Santa Cecília (C. Gounod), Missa em Sol maior (Franz Schubert), em Cantatas e no Oratório de Natal (Johann S. Bach).

É membro solista da Cia Mineira de Ópera e Grupo Nossa Ópera, em Belo Horizonte, que fazem intenso trabalho dedicado a integrar o grande público. Atualmente é orientado pelo renomado baixo Sávio Sperandio

ANDRÉ SALLES-COELHO (texto do prólogo) é flautista, produtor, escritor e dramaturgo.

Iniciou os estudos de flauta com o professor Artur Andrés, na Escola de Música da UFMG, em 1989. Fez cursos e workshops com grandes professores como Hermeto Pascoal, Grupo Uakti, Odete Ernest Dias, Livia Lanfranchi, Ricardo Kanji e Linde Brunmeyer-Tutz.

Participa constantemente de importantes festivais de Música: Semana de Música Antiga UFMG, Oficina de Música Antiga de Curitiba, Festival Internacional de Música Colonial Brasileira de Juiz de Fora, etc. Fez diversos cursos e workshops com grandes nomes da música antiga como Nicolau de Figueiredo, Edmundo Hora, David Kjar, Ryo Terakado e Sérgio Álvares.

André é jornalista, graduado pela PUC – Minas, mestre em Artes Visuais pela UFMG e escritor já tendo lançado vários livros e escrito diversos espetáculos cênico-musicais que são frequentemente encenados em parceria com a Orquestra 415.

Atualmente André coordena também o Maracatu Lua Nova e dá aulas de História da Música no curso de Pós-Graduação em História da Arte pela Puc-Minas.

Informações

Local

Teatro João Ceschiatti | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Dia e Horário

7, 8 e 9 de setembro, às 20h

Ingressos

R$ 60,00 inteira e R$30,00 meia

Informações para o público

(31) 3236-7400

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