O Grupo Contemporâneo de Dança Livre realiza a primeira edição da “Mostra de Dança do Fim do Mundo”, com vasta programação que inclui apresentações de espetáculos, performances, mostra de videodança, ações formativas e bate-papos em diversos espaços da cidade e também virtualmente, com transmissão pelo canal do grupo no youtube – https://bit.ly/3dHTWvq. O evento acontece de 08 a 24 de setembro, com acesso gratuito. A curadoria é de André Sousa, Cib Maia e Leonardo Augusto. Ao todo, a mostra reúne mais de 50 artistas, de Belo Horizonte, Brumadinho, Contagem, Nova Lima, Sabará e Sete Lagoas.
A “Mostra de Dança do Fim do Mundo” surge a partir do questionamento: Quais danças emergem do caos? “A proposta é convocar para o encontro com a dança como forma de resistência a partir da diária sensação de caos da contemporaneidade brasileira”, explica um dos curadores, Leonardo Augusto. Ele completa que toda a programação aborda questões sociais e políticas da contemporaneidade. “Sob um olhar crítico, transformador e desobediente, fomentando e celebrando o reencontro das danças com a cidade”, destaca.
Este projeto tem produção e idealização do Grupo Contemporâneo de Dança Livre. É realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte –n° do projeto 0603/2020.
O Grupo Contemporâneo de Dança Livre trabalha com processos colaborativos, pesquisa e criação em dança contemporânea para palco e rua desde 2010 e é formado por indivíduos/artistas/criadores com formações artísticas distintas, buscando investigar a dança como ato político e forma de expressão capaz de desestabilizar e deslegitimar as forças de repressão. Dança como forma de resistência. O grupo é formado pelos artistas mineiros Duna Dias, Heloisa Rodrigues, Leonardo Augusto e Socorro Dias.
Confira a programação completa da “Mostra de Dança do Fim do Mundo”
Dia 08/09 – quinta-feira, 19h30 – Local: CRJ – Centro de Referência das Juventudes – Rua Guaicurus, 50 – Centro, Belo Horizonte – Tradução em Libras – Abertura da mostra com encontro de improvisação aberto ao público. Jam: Zenfrito
Dia 09/09 – sexta-feira, 19h – Local: Cine Santa Tereza – R. Estrela do Sul, 89 – Santa Tereza, Belo Horizonte – Tradução em Libras
Mostra de videodança: fissuraquedarastro.repete, sEtE fErrAdUrAs, Vigília, Século XXI – Ser negro no Brasil, Dois pontos, Partida, YIBAMBE, Carcaça, A três, Ruína do futuro e Parasita.
Espetáculos
Espetáculo “Bicho no concreto” – Grupo Jovem Arte e Passo
Dia 10 de setembro – 20h – Teatro Marília – Av. Prof. Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – Ingressos gratuitos com retirada na bilheteria 2 horas antes do espetáculo ou pelo site www.diskingressos.com.br
Duração: 48 minutos
“Bicho no Concreto” busca traçar paralelos entre a construção da matéria e a construção humana. Observar nossas relações comportamentais em sociedade e perceber como respondemos a um estímulo deixa evidente dentro da concretude da nossa evolução, a fragilidade das nossas condições existenciais. A construção do indivíduo, interpessoal e coletiva, estabelece uma necessidade de disputa, transpassada pela racionalidade, sentimentos, instinto e leis socialmente estabelecidas. Há sempre uma vontade de se pertencer e nessa busca estamos etologicamente organizados. Qualquer relação com a lei de sobrevivência animal não é mera coincidência.
Ficha técnica – Direção Geral: Studio Arte e Passo – Liana Sáfadi Concepção Coreográfica – Fred Veiga Direção Artística – Fred Veiga Coordenação de projetos – Joana Wanner Iluminação – Ricardo Cavalcante Produção de cenário – José Mário de Souza Concepção de figurino – Fred Veiga Projeto Gráfico – Laura Freitas Edição de trilha sonora – Airon Gischewski
Dia 13 de setembro – 19h – Teatro Marília – Av. Prof. Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – Ingressos gratuitos com retirada na bilheteria 2 horas antes do espetáculo ou pelo site www.diskingressos.com.br
Espetáculo “Umbigo do sonho” – Fábio Costa
Duração: 35 minutos
“Umbigo do sonho” encena a realidade de jovens negros por meio do encontro entre dança e psicanálise. Fabio Costa, quando criança, acompanhava a mãe, empregada doméstica, e já trabalhava nos jardins das casas, trabalhou na construção civil na adolescência, viveu as brigas e tretas das quebradas, perdendo amigos no tráfico, até ser convidado, com 20 anos, dançando na rua, a fazer parte de um grupo de dança. O psicanalista Musso Greco teceu a trama a partir dos sonhos e da história de Fábio.
Ficha Técnica – Bailarino criador: Fábio Costa/ Diretor Coreógrafo: Musso Greco/Produtora e Assistente de Coreografia: Luciana Lanza/Criação de Luz: Eliatrice Gischewski/Câmeras e edição: Gabriela Sá e Ícaro Moreno/Criação da trilha sonora: Guto Borges
Dia 17 de setembro – 20h e dia 18 de setembro – 19h – Teatro Francisco Nunes – Av. Afonso Pena, 1321 – Centro, Belo Horizonte – Ingressos gratuitos com retirada na bilheteria 2 horas antes do espetáculo ou pelo site www.diskingressos.com.br
Espetáculo “Orbis Finis” – Grupo Contemporâneo de Dança Livre
Duração: 45 minutos/ espetáculo com audiodescrição
Resistir. Estar em estado de luta. Reinventar na instabilidade. Desobedecer e gerar mutações. A repetição degrada, desfigura, quebra, desorganiza. Mas as forças jamais se esgotam. O espetáculo de dança “Orbis Finis” discute a resistência do indivíduo em meio às relações de poder e às estruturas de violência e sua capacidade de criar formas de reexistir nos cenários mais conturbados.
Ficha técnica – Pesquisa, concepção e performance: Duna Dias, Heloisa Rodrigues, Leonardo Augusto e Socorro Dias /Figurino: Duna Dias e Socorro Dias/ Assemblage cinético: Marcos Assis /Iluminação: Pâmella Rosa /Seleção de trilha sonora: Grupo Contemporâneo de Dança Livre /Operação de som : Dýãnà Souza/ Preparação vocal: Leonardo Augusto
Performances
Dia 16/09 – sexta-feira
Performances “4.000 fugas para a fragilidade – Uma reperformance do trabalho de Italo Augusto por Uyan Vilela”, “Dentro (Movimento N° 1), “Didática do homem –flor” e “Matriz” +mostra de videodança*
13h30 – performances | 19h30 – mostra de videodança – fissuraquedarastro.repete, sEtE fErrAdUrAs, Vigília, Século XXI – Ser negro no Brasil, Dois pontos, Partida, YIBAMBE, Carcaça, A três, Ruína do futuro e Parasita.
Local: Centro Cultural Alto Vera Cruz – R. Padre Júlio Maria, 1577 – Vera Cruz, Belo Horizonte
*Exibição de 3 obras com audiodescrição – Parasita, Ruína do futuro e sEtE fErrAdUrAs
Dia 23/09 – sexta-feira
Performances “4.000 fugas para a fragilidade – Uma reperformance do trabalho de Italo Augusto por Uyan Vilela”, “Dentro (Movimento N° 1), “Didática do homem –flor” e “Matriz” +mostra de videodança*
14h30 – performances | 18h – mostra de videodança – fissuraquedarastro.repete, sEtE fErrAdUrAs, Vigília, Século XXI – Ser negro no Brasil, Dois pontos, Partida, YIBAMBE, Carcaça, A três, Ruína do futuro e Parasita.
Local: Centro Cultural Venda Nova – R. José Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerciários, Belo Horizonte
*Exibição de 3 obras com audiodescrição – Parasita, Ruína do futuro e sEtE fErrAdUrAs
Dia 24/09 – sábado – 16h às 19h – Performances “4.000 fugas para a fragilidade – Uma reperformance do trabalho de Italo Augusto por Uyan Vilela”, “Dentro (Movimento N° 1), “Didática do homem –flor” e “Matriz” +mostra de videodança* – fissuraquedarastro.repete, sEtE fErrAdUrAs, Vigília, Século XXI – Ser negro no Brasil, Dois pontos, Partida, YIBAMBE, Carcaça, A três, Ruína do futuro e Parasita.
Local: Centro Cultural Bairro das Indústrias – R. dos Industriários, 289 – Indústrias I (Barreiro), Belo Horizonte
*Exibição de 3 obras com audiodescrição – Parasita, Ruína do futuro e sEtE fErrAdUrAs
“Dentro (Movimento n° 1) ” – Anderson Feliciano
Duração: 30 minutos
Em “Dentro” o corpo em seu equilíbrio precário configura-se em uma operação coreográfica revelando o entrelaçamento profundo entre movimento, corpo e lugar. A apropriação e (re)interpretação corporizada de memórias de um corpo negro migrante translada o passado ao aqui agora da ação, reatualizando a possibilidade de gerar nova memória sobre os mesmos eventos e a criação de outras poéticas.
Ficha técnica – Concepção e performance: Anderson Feliciano
“4.000 Fugas para a Fragilidade” (Um trabalho de Ítalo Augusto em Re-performance por Uyan Vilela)
Duração: 30 minutos
Essa é uma proposta de re-performance de um trabalho criado pelo artista Ítalo Augusto(BH). A proposta consiste em Re-performar o trabalho “4.000 Fugas para a Fragilidade”, a partir das minhas experiências e memórias do meu corpo em relação às fragilidades.
Ficha técnica – Performer: Uyan Vilela/ Criação: Italo Augusto/ Confecção do Figurino: José Carlos Jr
“Matriz “– Renata Fernandes
Duração: 30 a 40 minutos
“Matriz” dá forma, em movimento, som e desenho por objetos no espaço, aos ciclos ecológicos da natureza, à força repetitiva e transformadora que sustenta a vida. É dispersar sementes, se assombrar com o fôlego insistente da vida que ainda respira, expandir-se longe e forte pelo espaço com os pés fixos em suas raízes, persistir e exaurir. Um manifesto ecológico, pela importância de deixar a vida seguir em seus ciclos, pelo cultivo que preserva o fluxo da vida, em vez de interromper a vida na produção.
Ficha técnica – Concepção e execução: Renata Fernandes /Olhares provocativos/orientadores: Cinthia Kunifas, Renata Roel, Ricardo Neves, Leo Serrano.
Didática do homem – flor – Marlon Fabian
Duração: mínimo 40 minutos
Ao colocar em evidência o espaço da cidade cada vez mais cerceado por uma urbanização que em nada compõem com o meio natural, a ação poética “Didática do Homem-Flor” arquiteta por meio de artifícios performáticos e a partir de experiências estética e filosófica da dança butoh uma corporeidade que opera no interstício desses ambientes. Transita, portanto, instituindo uma alteração significativa no tempo do movimento do corpo. O quanto de nós, movimento, tempo, olhar e presença, não foi também esquecido ou reconfigurado a partir de nossas vivências em uma urbe? Esta ação projeta a imagem poética de um corpo utópico que sobrevive neste espaço através da latência de sua própria intensidade; um homem que na junção ao estado de flor, caminha suavemente no intervalo de seu florescer e desabrochar.
Ficha técnica – Performer: Marlon Fabian/ Produção/Execução: Marlon Fabian/ Figurino Concepção: Marlon Fabian/ Montagem: Marlon Fabian, Isabela Cesário e Elton Monteiro.
Bate-papos pelo canal do Youtube do Grupo Contemporâneo de Dança Livre – com Tradução em Libras/ mediação de Duna Dias
Dia 20/09 – terça-feira – 20h – Conversa com artistas – Videodança com André Calton, Bárbara Veronez, Christiano Castro, Dorottya Czakó, Flavi Lopes, Gustavo Felix, João Victor Espindula, Jonatas Pitucho, Kristiany Nascimento, Luísa Machala, Mirela França, Nicole Blach, Samuel Samways, Vanessa Oliveira e Wendel Castro.
Dia 21/09 – quarta-feira – 20h – Conversa com artistas – performance com Anderson Feliciano, Ítalo Augusto , Marlon Fabian, Renata Fernandes e Uyan Vilela
Dia 22/09 – quinta-feira – 20h – Conversa com artistas – Espetáculo com Duna Dias, Fábio Costa, Fred Veiga e Musso Greco
Ações formativas
Dia 22 de setembro, quinta-feira – 9h às 12h – Local: CRDançaBH – Centro de Referência da Dança – Av. Alfredo Balena, 586, bairro Santa Efigênia (dentro do Teatro Marília)
“Gestando novos caminhos – com Mulheres em Dança” (Andréa Anhaia, Joelma Barros, Marcia F. Neves e Marise Dinis)
As artistas criadoras Andréa Anhaia, Joelma Barros, Marcia F. Neves e Marise Dinis, integrantes do ajuntamento Mulheres em Dança — desdobramento do Projeto Em PlaylistA — propõem a ação formativa/encontro criativo “Gestando novos caminhos” como extensão de suas experiências recentes em busca de manter seu trabalho no campo da improvisação e composição instantânea em dança. A partir da pergunta “Por que se levantar?”, tem-se como objetivo a partilha de procedimentos de investigação que envolvem e embaralham percepções e sensações sobre o dentro e o fora, abarcando o estar consigo, em relação com o espaço e com o tempo. A ideia é chegar a um estado de movência que surge filiado à condição de atenção, cuidado, despretensão e distanciamento de formas e fórmulas já conhecidas pelas proponentes e pelas participantes.
Público-alvo: Mulheres interessadas no encontro consigo e com outras e na partilha de sentimentos, com ou sem experiências anteriores no campo da Dança e das artes em geral.
Duração: 3 horas/ Número de participantes: 20 / Faixa etária: Mulheres jovens e adultas de todas as idades.
Inscrições através do link: https://forms.gle/p7Uw64vzeWKBPCeM8
Dia 23 de setembro, sexta – 10h às 12h – CRDança – Centro de Referência da Dança – Av. Alfredo Balena, 586, bairro Santa Efigênia (dentro do Teatro Marília)
“Dramaturgias do corpo: um corpo em ruína” – com Rafael Batista
A oficina Dramaturgias do Corpo: Um Corpo em Ruína, a partir dos princípios de organização e análise do movimento, abordará os princípios da improvisação, do desenvolvimento do movimento honesto e particular, e a articulação entre os códigos corpóreos e as motivações para a criação da cena. Tem-se como objetivo principal o levantamento de uma série de detalhes que constroem o domínio técnico, e a criação de um ambiente fértil para o trabalho; sempre voltados para uma preparação que atenda as necessidades do corpo, através das suas heranças culturais e gestuais – o corpo que carrega em si uma história -, em busca do reconhecimento e da autonomia. Percorreremos caminhos ‘Entre’, tendo a crença no Ma (間), – que na linguagem japonesa, é uma conceptualização conjunta de ‘espaço e tempo’, ou intervalo entre duas ações ou eventos, ou também um vazio espacial -, como potência criativa. A quietude e o silêncio, a dança e o teatro, o trabalho com os arquétipos humanos e não-humanos, as fáscias, o ocidente e o oriente, visitar espaços vazios; a construção de narrativas de um corpo fragmentado; de um corpo sem órgãos; de um corpo em estado de ruínas; em contextos de guerra; de um corpo antropofágico. Um corpo Entre.
Público Alvo: Público geral, adultos, profissionais e|ou não profissionais das artes, acima de 18 anos.
Duração: 2 horas/ Número de Participantes: 17 pessoas, selecionadas por ordem de inscrição.
Inscrições através do link: https://forms.gle/zjxWyehLrH24oYdx5
Dia 24 de setembro, sábado – 10h às 12h – Local: CRDançaBH – Centro de Referência da Dança – Av. Alfredo Balena, 586, bairro Santa Efigênia (dentro do Teatro Marília)
“Dançar e criar mundos” – com Nicole Blach
A oficina “Dançar e Criar Mundos” propõe investigar o que surge quando nos colocamos à deriva da experiência dançante. Tendo em vista a noção de experiência em Bondía (2014), que a entende como algo que nos acomete, sob o qual não temos controle e a de John Dewey (2010), onde uma experiência consiste na relação entre o fazer e o ficar sujeito a algo, em uma alternância que ao refletir padrão e estrutura, confere seu significado; busca-se desenvolver condições que propiciem uma vivência deslocada em dança. Não focada na estética, ou na composição do movimento, mas na experiência de se mover e de assim, mover mundos. A oficina nos instiga a refletir sobre a potência do microuniverso que dá forma ao ato dançante, sobre sua força (re) criadora, sobre a energia que rege os ciclos de morte e nascimento, sobre o deixar ir e sobre as possibilidades que surgem com as perdas.
Público alvo: Pessoas com ou sem experiência prévia em dança, interessadas em explorar as possibilidades criativas do ato dançante.
Número de participantes: 20/ Duração: 2 horas.
Inscrições através do link: https://forms.gle/eeT1o2w3VWSX6mwv8
Vídeodanças
Dois pontos
“Dois pontos” é a celebração do encontro das nossas naturezas e da relatividade das distâncias. É açude, cachoeira, é rio e mar. E as emoções que tomam conta de nós; líquidas; que fluem, afluem, lavam, benzem, encharcam e ocupam os espaços, graças ao poder de adaptar. O trabalho nasce de um jogo de compartilhamento de experiências nos cenários naturais que fazem parte da identidade dos artistas.
Concepção, interpretação e edição: Christiano Castro e Mirela França/ Trilha sonora: Clean Soul by Kevin MacLeod/ Captação de imagem: Christiano Castro, Maria das Graças França, Mirian Pinheiro e Mirela França/ Finalização: Mirela França.
Ruína do futuro
Corpos e sons que emergem e ecoam, apropriando-se do espaço, carcomido pelo tempo, ativando a potência poética deste grande complexo cultural interrompido. Se a ruína do futuro apontava para o fracasso do amanhã, o que vemos nesta apropriação é um desvio pelo presente e pela presença, uma aposta naquilo que ainda pulsa, um roçar na matéria nua, crua e viva.
Direção e Roteiro Dorottya Czakó /Performance Bárbara Veronez Gabriela Moriondo/ Voz Bárbara Veronez/ Direção de Fotografia Ramon Zagoto/ Assistência de Câmera Andressa Freitas/ Trilha Musical e Desenho de Som Marcus Neves /Montagem e Color Grading Ramon Zagoto/ Agradecimentos Especiais Leonardo Izoton/ Agradecimentos Lucas Dornelas Patrícia Bragatto Patrícia D’Abreu/ Apoio Labvídeo/DEPCOM – UFES Instituto de Arquitetos do Brasil – ES/ Realização UFES Secult-ES
A três
Pelos retratos da realidade, a obra nos convoca a habitar o “novo”, e reunir de forma reinventiva as soluções para as nossas faltas diárias. É um olhar para a sobrevivência diante dos excessos, e também diante das faltas antes camufladas, que agora se evidenciaram. Através do nosso recipiente corpo-casa, articular ações de dentro, para transformar o espaço casa-mundo em uma vida possivelmente sustentável. Dentro dessa concepção, o espetáculo se inicia com o transbordamento, transita pelas faltas e finaliza com o resgate das três coisas essenciais para a sobrevivência humana.
Direção e intérpretes criadores: Carina Marinho, João Espindula e Kristiany Nascimento/ Filmagem e edição de vídeo: Lumus Films/ Trilha sonora: Gabriel Canedo/ Figurinos: Magda de Souza/ Assistente de direção: Gabriela Fernandes/ Assistente coreográfica e fotografia: Thamires Rodrigues/ Assistentes de produção: Gabriela Fernandes João Victor Falcão Naiara Mendes Thamires Rodrigues /Colaboradores: Elisângela Lopes Hélio Fernandes Higor Rosa Vânia Marinho.
PARASITA
PARASITA é um organismo que vive de um outro organismo, obtendo alimento, energia e causando-lhe dano. De forma pejorativa é um indivíduo que vive à custa alheia por exploração ou preguiça. É aquele que realiza abusos e violências, deixando traumas para o resto da vida. Quantos PARASITAS você conhece? Essa vídeo- dança é baseada em uma história real do Wendel “Neguin”, que teve um PARASITA que quase destruiu sua família! Foram abusos, violências, mentiras e humilhações. No vídeo Wendel “Neguin” incorpora o verdadeiro PARASITA, mas também encarna as vivências da sua mãe, irmãs e irmão diante dos abusos sofridos, que deixaram marcas irreversíveis. A intenção é realmente não ser literal nessa história, onde o objetivo é provocar você que está assistindo a refletir sobre a ótica que o intérprete teve diante das situações vividas e instigar você a entender quantas referências existem nessa obra prima.
Intérprete: Wendel Castro – “Neguin”/ Direção geral: Gladstone Navarro /Criação musical: Carlos Balarini /Edição e captação de vídeo: Rick Santana
Século XXI – Ser negro no Brasil
O Brasil é ou não é um país racista? Apesar da pergunta com respostas óbvias, são muitas as evidências sobre a discriminação racial no nosso país. O combate ao racismo é um problema da sociedade e não só dos negros. Dizer que não é racista não basta. É preciso ser antirracista, isto é, lutar contra o racismo cotidianamente em todas as suas trincheiras. Onde houver racismo não haverá democracia de fato. Nesse sentido, a luta contra o fascismo e contra o racismo é uma luta fundamental que certamente dará um sentido mais profundo à nossa democracia.
Intérprete: André Calton/Poeta: Weslley Jesus – Poesia: Século XXI /Direção artística: Gladstone Navarro/ Edição musical: Carlos Balarini e Gladstone Navarro/ Captação das imagens e edição de vídeo: Rick Santana
YBAMBE
A realidade de um jovem negro, favelado, com seus anseios, suas lutas e suas perdas. Uma forma de homenagear as pessoas que fazem e fizeram parte da minha vida. A maneira mais singela de amor, afeto e carinho. Yibambe para todos nós! Mantenha-se firme!
Diretor / Bailarino: Jonatas Pitucho Produtor Musical/ Video: Ronilson Silva/ Assistente de câmera: Daniel Frathezi /Produção: Suellen Sampaio – Marquim D’ Morais – Aline Carolina Fotografia: Ronilson Silvia – Aline Carolina /Coordenador do projeto: Leandro Belilo
Partida
Campo de terra batida, lugar de partida. O confronto bruto entre os jogadores risca o solo, levanta a poeira, deixa suas marcas na terra. Na tela em movimento eles caminham e se atravessam. A hora do encontro é chegada, lugar de afeto e disputa. Dois corpos na cidade em fuga. Algo eclode em samba nos pés presos aos sapatos e ao chute. Partida que fica em jogo: olhar, toque. Há lugar para isso fora de campo? Curva estreita que entrelaça e domina. Partida para vir, coisa de homem viril a partida é despedida, despedaça, separa e liga.
Roteiro e Direção – Samuel Samways/ Direção de Fotografia – Glaydson Oliveira (Índio) /Bailarinos – Leonardo Borges; Samuel Samways /Trilha Sonora Original – Manu Ranilla Captação e Edição de imagens – Glaydson Oliveira (Índio)/ Vídeo realizado com recursos da Lei Emergencial Aldir Blanc – Edital n.15/2020
Vigília
A que mundo pode um olho mágico nos levar? Os corpos atravessam espaços, tempos, realidades. O tic-tac do relógio, os vultos do vento e as sombras tomam outros volumes. O que é aqui e lá? Num mesmo instante, estar dentro, estar fora. Estamos em uma transição? Na beira de um fim ou à margem de um novo começo? Em estado de vigília, a casa, o corpo e o som dançam à procura.
Concepção, direção e roteiro: Luísa Machala, Nicole Blach e Otávio Cotta/ Interpretação: Luísa Machala e Nicole Blach/ Trilha sonora original: Otávio Cotta/ Captação de vídeo: Luísa Machala, Nicole Blach e Otávio Cotta/ Edição de vídeo: Luísa Machala
sEtE fErrAdUrAs
sEtE fErradUrAs é movimento.grito, que rasga a superfície áspera e violenta do racismo. Um corpo gira, risca o chão com sua força, se rebela ao olhar.vigia que tenta limitar seus gestos, sua fala. Grita rasgando a palavra enferrujada que já devia ter desoxidado há tempos, porém a violência racial aprimorou-se em outros mecanismos, quebrando o corpo por dentro. Mesmo assim há grito, movimento, planos de fuga!
Composição musical: Gustavo Felix, Alef Caetano e Diego Mancini/ Criação de movimento, filmagem e edição: Flaviane Lopes/ Gravação, Masterização e Mixagem: Rafael Dutra
Carcaça
Uma mulher, uma bailarina. Um corpo, uma cidade. O esqueleto, o concreto. Duas estruturas que carregam em si contrastes: morte e vida, inteireza e fragilidade. Subjetivo corpo-concreto. A bailarina, que nas horas vagas é pessoa, traz no corpo o cansaço, o vazio, a desesperança. Estimulada pelo Jazz Dance, encontra sua estrutura e desestrutura através das isolations – movimentações de partes específicas do corpo. E há de se ver inteireza e quebra, busca e abandono, um caminho incerto que só se pode esperar de si mesmo, a própria entrega. A entrega da vida, ou da morte. Corpo e concreto: carcaça que sustenta a beleza, que sustenta, também, as mazelas.
Concepção e Criação: Luísa Machala e Vanessa Oliveira/ Criadora-intérprete: Vanessa Oliveira/ Trilha sonora original: Fellipe Miranda/ Filmagem e edição: Luísa Machala
fissuraquedarastro.repete
A videodança “fissuraquedarastro.repete” trabalha com a repetição, degradação e esgotamento do movimento para falar sobre os muitos fins do mundo que vivemos hoje no Brasil e no mundo; das violências e hipocrisias; do caos e dos absurdos de nossos tempos. Trazendo para o movimento e para as imagens corpos em estado de combate, de transe, de resistência e de cansaço. Um corpo que resiste. Até quando?
Direção: Duna Dias/Assistente de direção: Leonardo Augusto e Socorro Dias/Câmera: Duna Dias e Leonardo Augusto/Fotografia: Leonardo Augusto/Assistente de fotografia: Duna Dias e Socorro Dias/Performance: Duna Dias, Heloisa Rodrigues, Leonardo Augusto e Socorro Dias/Edição: Duna Dias/Cenário: Socorro Dias/Iluminação e gambiarras: Leonardo Augusto/Trilha sonora: Vítor Haas/Figurino e maquiagem: Duna Dias e Socorro Dias/Contra-regra | Contagem: Henrique Jayme Cunha/Produção: Grupo Contemporâneo de Dança Livre
Serviço:
“Mostra de Dança do Fim do Mundo”
De 08 a 24 de setembro, com acesso gratuito.
Informações pelo site: mostradedancadofimdomundo.com
Dia 24/09 – sábado – Festa de encerramento, 19h
Local: Odara – Rua Artur de Sá, 380 – União. Belo Horizonte
Ingressos entre 10,00 e 25,00
Programação virtual de videodança – bônus
De 19 de Setembro a 03 de Outubro – Exibição da mostra de videodança*
Local: Canal no Youtube do Grupo Contemporâneo de Dança Livre –
*Exibição de 3 obras com audiodescrição
Informações para a imprensa
Luz Comunicação – @luz.comunica
Jozane Faleiro – jozane@luzcomunicacao.com.br – 31 992046367
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