Memorial Vale tem diversão
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Memorial Vale tem diversão

Memorial Vale começa outubro com jogo divertido para ensinar Libras

Crianças vão brincar ao ar livre no sábado no “Se essa rua fosse nossa”

Mariah Carneiro canta “De volta ao começo” e Janaína Morse faz o Brisa’s Beach

CONFIRA OS DETALHES DA PROGRAMAÇÃO DESTA SEMANA:

Dias 4 e 5 de outubro – 9h às 12 horas

Oficina Librário, com Flávia Neves

Nos dias 4 e 5 de outubro, das 9h às 12 horas o Memorial Vale recebe a oficina Librário, de Flávia Neves, que ensinará a linguagem de Libras. O Librário é um jogo didático pedagógico com caráter científico, criativo, artístico e cultural que busca promover a aprendizagem de Libras de maneira leve e divertida. A oficina estimula o aprendizado de Libras e, consequentemente, viabiliza uma melhoria na comunicação entre surdos e ouvintes. Adultos e crianças podem participar. É preciso fazer a inscrição prévia (gratuita) pelo site: acessabh.com.br/, pois as vagas são limitadas. Haverá tradução em Libras. A oficina faz parte do Acessa BH – Festival de Artes Acessível, que reúne atrações culturais com artistas com e sem deficiência.

Flávia Neves é gestora e criadora do projeto Librário, que reúne formas de multiplicação, mobilização e divulgação de uma tecnologia social que divulga a Libras. É graduada em Licenciatura em Artes Visuais, mestre e doutoranda em Design pela Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Para saber mais, acesse a página: @jogolibrario.

Acessa BH é um festival multicultural com foco na acessibilidade que busca contemplar a diversidade e inclusão, trazendo produções protagonizadas por artistas com e sem deficiência, e oferecendo recursos de acessibilidade ao público em toda a programação.

Dia 7 de outubro (sábado) – das 10h às 17h30

Se essa rua fosse nossa

No sábado, dia 7 de outubro, das 10h às 17h30 o Memorial Vale participa de mais uma edição do “Se Essa Rua Fosse Nossa”, evento em que as atividades são totalmente gratuitas e acontecem das 10h às 17h30 na Praça da Liberdade. Confira:

• Oficina de esculturas de papelão com Mobri – das 10h às 12h

Utilizando papelão, a MOBRI ensinará como construir esculturas e brinquedos, usando muita imaginação, sem necessidade de pilhas nem outros dispositivos eletrônicos. Basta usar raciocínio, criatividade e imaginação para começar a brincadeira.

• Oficina de criação de petecas, com disputa de partidas – das 14h às 16h

O Educativo do Memorial Vale convida o público a vir jogar e aprender a fazer sua própria peteca a partir de materiais da natureza. A peteca é uma brincadeira tradicional conhecida em todo o Brasil. Ela ficou tão famosa que virou um jogo praticado por diferentes idades. Você já jogou peteca? Venha.

• Visita lúdica ao Memorial Vale com Kit Trilha da Criança

O Memorial Vale desenvolveu um kit da Trilha da Criança para os pequenos “explorarem” o espaço de uma forma mais divertida. O kit contém um mapa, uma lanterna, uma lupa, um espelho e um binóculo e dicas de onde usá-los. O kit é entregue na recepção e deve ser devolvido ao final da visita.

O evento está sendo realizado em parceria com o Museu das Minas e do Metal – MM Gerdau, Casa Fiat de Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil.

Dia 7 de outubro (sábado) – às 16h

Mariah Carneiro, no show “De Volta ao Começo”

A cantora Mariah Carneiro apresenta no dia 7 de outubro, sábado, às 16 horas, no Memorial Vale o show “De Volta ao Começo”, revisitando obras de compositores que fizeram parte de sua trajetória. Ela se apresenta ao lado dos músicos Alexandre Andrés (Flauta), Léo Pires (Bateria), Pedro Gomes (Baixo) e Renato Saldanha (Violão e Guitarra). A apresentação integra o projeto Memorial Mulheres, que tem curadoria de Juliana Nogueira. É preciso retirar ingressos uma hora antes do evento, um por pessoa, pois os lugares são limitados. A apresentação é gratuita e tem acessibilidade em Libras.

Formada em canto pela Bituca Universidade de Música Popular, Mariah Carneiro é natural de Senador Firmino (MG), e canta desde os 15 anos. Apresentou-se nos principais palcos da Região Zona da Mata, como integrante de grupos locais. Em Barbacena (BITUCA), teve aulas com nomes como Andrea Amendoeira, lan Guest e o Grupo Ponto de Partida. Em 2018, mudou-se para Belo Horizonte, onde estudou canto com a prof. Babaya Morais. Participou de diversos cursos e workshops na área do canto, teatro e fonoaudiologia. Em 2020, participou do curso “Voz em Movimento”, com a cantora paulista Vanessa Moreno. Para saber mais sobre a artista, acesse: @_mariahcarneiro.

Dia 8 de outubro (domingo) – às 11h

Brisa’s Beach, com a Palhaça Brisa

Janaína Morse apresenta no Memorial Vale no domingo, dia 8 de outubro, às 11 horas, o espetáculo Brisa’s Beach, que é um conto de fadas desconstruído pelo olhar de uma palhaça e seu universo excentricamente feminino. Seu mundo encantado está ao alcance das mãos, dentro de sua mala. Cada encontro com o público é vivo e único, pois a plateia é cúmplice e cocriadora desta história. Integra o projeto “Eu, Criança, no Museu!” do Memorial Vale mas pode encantar a todas as idades. É preciso retirar ingressos uma hora antes do evento, um por pessoa, pois os lugares são limitados. A apresentação é gratuita e tem acessibilidade em Libras.

Completando 11 anos de existência em 2023, Brisa’s Beach é considerado um dos primeiros espetáculos solo de palhaçaria feminina de Minas Gerais. Um espetáculo cômico, interativo e autoral da artista Janaina Morse, que utiliza a palhaçaria para criação e desenvolvimento da trama. O encontro com o espectador é o ponto de partida e a mola propulsora para a construção de uma dramaturgia única e exclusiva, desenvolvida a cada espetáculo. Uma narração em off recria e dá vida aos pensamentos e sonhos de Brisa, que compartilha com os espectadores seus anseios e conflitos, próprios do universo feminino e seu enorme mundo, que nasce dentro de sua mala. Uma mulher, uma palhaça que habita um corpo que nitidamente vai de encontro aos padrões sociais predefinidos e tidos como corretos e aceitáveis. Uma provocação físico- visual, uma reflexão ácida e ambulante. Uma personalidade intensa, lúcida e viva. Assim é a palhaça Brisa, no espetáculo Brisa’s Beach. Espelho revelador. Contraponto de si mesma!

Janaina Morse é atriz, palhaça, formadora e cantora, letrista e musicista. Cofundadora e gestora da coletiva artística Minha Companhia.

Exposições em andamento no Memorial vale

Até 5 de novembro – Araetá: a literatura dos povos originários

O Memorial Vale recebe até o dia 5 de novembro a exposição “Araetá: a literatura dos povos originários”, que apresenta a produção literária de escritores indígenas de 1998 até dos dias atuais. Dentre as 305 etnias existentes no Brasil, 40 diferentes povos têm a literatura representada nesta exposição, compondo uma produção literária de 335 títulos de 110 escritores publicada por 120 diferentes editoras brasileiras. Os escritores estão divididos por biomas – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. As produções literárias são fruto das obras de nomes como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Cristino Wapichana, Álvaro Tukano, Daniel Munduruku, André Baniwa, Yaguarê Yamã, Márcia Kambeba, Auritha Tabajara, Graça Graúna, Kaká Werá Jekupé, Olívio Jekupé, Werá Jeguaka Mirim e Maria Kerexu, Gleycielli Nonato e Marcos Terena, entre outros.

Partindo de uma catalogação da literatura de autoria indígena no Brasil, a exposição, apresentada pelo Instituto Cultural Vale e pelo Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, contempla livros escritos e narrados por indígenas em língua portuguesa e nativa, apresentando ao público um acervo nunca antes reunido.

Araetá tem curadoria de Ademario Payayá, escritor e educador, e Selma Caetano, gestora cultural à frente do Prêmio Oceanos, uma das maiores premiações de literatura em Língua Portuguesa do mundo. A consultoria literária é do escritor Daniel Munduruku e do linguista e professor Ariabo Kezo, que faz a narrativa de apresentação do percurso expositivo.

A exposição

A exposição é composta por duas salas que formam um percurso da produção literária indígena no Brasil, mas não só. Ao lado dos livros expostos há vídeos, áudios, fotografias e ilustrações que revelam ao visitante o contexto em que vivem os autores, seus territórios, lutas e cultura.

Muito se escreveu e se escreve sobre os povos originários, mas Araetá aposta no protagonismo dos escritores indígenas para contar e atualizar sua própria história. “Esta exposição reúne os nomes mais influentes e importantes entre escritores e pensadores das questões e arte indígena da atualidade. A literatura permite que os indígenas falem por si e mostrem suas cosmovisões e sua atuação na preservação dos seus territórios”, observa o diretor do Memorial Vale, Wagner Tameirão.

Além das obras literárias, o público poderá ver ilustrações, vídeos e fotografias feitas nas aldeias pelos indígenas ou para os indígenas, por nomes como Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat, Alice Arida, Denilson Baniwa, Cleber Kronun de Almeida (fotógrafo e cineasta do povo Kaingang), Richard Werá Mirim (do povo Guarani) e João Farkas, entre outros.

A literatura indígena

A publicação de livros com autoria indígena é um fenômeno relativamente recente. Na década de 1970, a escritora Eliane Potiguara mimeografou e publicou inúmeras poesias e cartilhas didáticas. Uma década depois, Umúsin Panlõn Kumu e Tolamãn Kenhíri, do povo Desana, publicaram oficialmente o primeiro livro de autoria indígena, “Antes o mundo não existia”. De lá para cá, muita coisa aconteceu e a exposição se propõe a retratar o cenário da literatura indígena que vem se formando desde então.

“Já se disse que os povos indígenas são de tradição oral e que, por conta disso, não podem, não sabem e não precisam fazer literatura. Tal afirmação se justifica dentro de um entendimento antigo que não compreende ou não quis compreender a dinâmica da cultura humana: ela está em movimento. Engana-se, portanto, quem acredita que os povos indígenas são humanos presos a um passado ancestral e que sua existência se deve a um permanente apego ao já vivido”, diz Daniel Munduruku.

Salvaguarda da cultura indígena

A exposição faz parte de um conjunto de iniciativas do Instituto Cultural Vale pela preservação e valorização das culturas indígenas. No dia 26 de setembro, o Centro Cultural Vale Maranhão abrirá ao público a exposição “Maranhão: Terra Indígena”, panorâmica que apresentará os povos indígenas do estado por meio da sua produção de artefatos e artes ancestrais, com uma imersão do público em seus modos de vida por meio de objetos, mapas, fotos e vídeos. A exposição contará também com filmes produzidos no projeto Vidas Indígenas Maranhão, realizado pelo Museu da Pessoa com patrocínio do Instituto Cultural Vale: no projeto, jovens dos povos Ka’apor, Awa-Guajá e Guajajara receberam formação em produção audiovisual e metodologias de preservação de memória. Assim, eles se tornaram “Guardiões da Memória” de histórias de vida de suas aldeias. Como um dos legados do projeto, os equipamentos de filmagem e computadores são doados para as comunidades.

Até 31 de dezembro – Exposição Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara, de Jéssica Marroques

O Memorial Vale está com a exposição “Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara”, de Jéssica Marroques. A exposição integra o projeto Novos Pesquisadores, do Educativo do Memorial Vale e mostra o resultado do trabalho acadêmico de Jéssica Marroques, que é licenciada em Artes Visuais (UEMG) e bacharel em Cinema e Audiovisual (UNA). Este evento faz parte da 17ª Primavera dos Museus.

Jéssica é especialista em Arte e Movimento, mestra em Estudos do Lazer (UFMG) e doutoranda em Educação (UFMG). O trabalho de Jéssica destaca como as memórias constroem retalhos na costura de um rio largo de afetos. “Onde eu nasci, passa um rio. Onde a maioria de nós nasceu, cresceu e viveu ainda passa um rio”, observa. Suas águas revelam as vidas de mulheres lavadeiras, que guardam a sabedoria dos cantos e dos sonhos à procura do tempo. Jéssica Marroques nasceu nas margens do Ribeirão Arrudas, em Contagem/MG. Das águas que ali brotavam escutava de sua avó a memória de um rio vivo e forte. Esta é a paisagem que emerge na pesquisa da artista, em um diálogo entre o passado e o presente, buscando evidenciar a prática dos trabalhos manuais.

Até 28 de Janeiro de 2024 – Exposição De Fotografias “Sob O Mesmo Céu”, De Sylvie Moyen

O Memorial Vale recebe até 28 de janeiro a exposição de fotos “Sob o mesmo céu”, de Sylvie Moyen, clicadas quando ela esteve em viagem a países como Peru, Papua Nova Guiné, Mongólia, Myanmar e Índia. Países singulares que estão, ao fim e ao cabo, sob o mesmo céu do planeta. O evento integra o projeto Mostra de Fotografia, que tem curadoria de Eugênio Sávio e faz parte da 17ª Primavera dos Museus.

A belo-horizontina Sylvie Moyen, nascida em 1973 e filha de imigrantes, é fascinada por máquinas fotográficas desde criança, por influência do pai, com quem aprendeu a registrar viagens familiares. O núcleo familiar também proveu o contato com a pintura: com a mãe, que tinha um ateliê de pintura, ela aprendeu a misturar e criar cores.

Sylvie cresceu nesse universo criativo e seguiu a verve artística familiar por meio de estudos e ofícios. Ela, que é bacharel em Comunicação Social pela UFMG (1994) e mestre em Belas Artes (MFA) pela Indiana University (Bloomington, 1999), trabalhou por mais de 20 anos como designer gráfica, sem nunca abandonar as câmeras

Ela, que sempre manteve a fotografia como atividade paralela, em 2017 tomou a decisão de migrar definitivamente para a fotografia, unindo duas paixões: viajar pelo mundo e realizar registros poéticos de sua diversidade. Essa exposição, fruto desses encontros culturais que a artista realizou ao escolher a fotografia como protagonista de seu destino, é viabilizada pelo Instituto Cultural Vale. Mais informações em @sylviemoyen.

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.

Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

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