THE WHO, THE BEST!
Crônica da Era do Rock, por Rodrigo Leste
Os robôs do Spotify mandaram a lista do que mais ouvi em 2023 e deu… The Beatles! Curto muito mesmo, um barato. (Aliás, tô vidrado na música I Saw Her Standing There, cuja letra traz a inocência dos que dançam e encontram seu par ao som do rock and roll. Bons tempos (good times, bad times).)
Não esperava por essa, Mr. Spotify! Beatles! OK, são bons demais mesmo. Mas aí resolvi dar uma paquerada no The Who. Encontrei uma playlist e botei pra tocar. Incrível! Só tem música boa, mas boa mesmo (com “B” maiúsculo) Não tem nem uma mais ou menos, todas, pro meu gosto, são o suprassumo do que se pode produzir em termos de composição, letra, arranjo, interpretação. Ouvir The Who é como pegar um elevador para as esferas mais altas do espaço e, dali da cobertura, ver o resto do som que se produz rastejando em altos e baixos num plano muito inferior ao que o compositor Pete Townshend e os grandes músicos, Keith Moon e John Entwistle, produzem. É preciso também destacar a performance do incrível cantor que é Roger Daltrey. “Quem”? Você já sabe: taca The Who na vitrola!
Vamos pegar uma música que fez muito sucesso: American Woman, do obscuro grupo canadense chamado Guess Who (ó o The Who aí; garanto que não é por acaso). Música legal com uma levada interessante e coisa e tal mas em todos os aspectos: composição, letra, arranjo, interpretação está a uma distância enorme de músicas como Baba O’Riley, Pure and Easy, Behind Blue Eyes, Magic Bus; pra não falar de Pinball Wizard ou My Generation. Isso vale pra letras e músicas de outras tantas bandas que tiveram algum destaque e importância no cenário da música pop mundial, mas que estão longe de alcançar o nível de excelência dessa fantástica banda chamada The Who.
Toda a admiração para os Stones, Beatles, The Animals, Santana, C,S,N&Y e outros como Jefferson Airplane, Grateful Dead, MC5. Palmas para Cat Stevens, Jimi Hendrix, Bob Dylan e Frank Zappa. Mas The Who…é The Who. The Best!
PS – Sim, Keith Moon e John Entwistle morreram. Sobraram Pete Towshend e Roger Daltrey, que, apesar das desavenças entre eles, prosseguem a jornada acompanhados por músicos convidados. O Magic Bus continua a rodar.
Revisão e pitacos: Hilário Rodrigues
Colaboração midiática: @rodrigo_chaves_de_freitas
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