Crônica Capas de Discos
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Crônica Capas de Discos

CAPAS DE DISCOS — O fetiche de cada um

Crônica da Era do Rock, por Rodrigo Leste

Era um dos grandes baratos da vida entrar numa loja de discos e manusear as capas dos LPs que estavam nas prateleiras. Muitas vezes eu não tinha grana pra comprar, mas podia olhar e namorar as capas, e, às vezes, ouvir alguns trechos da bolacha. Era quase um fetiche ficar flertando com as lindas capas, como também com alguns encartes que traziam as letras das músicas, além de fotos e ilustrações.

O advento da entrada pesada do CD (1982) no mercado, cortou muito dessa chinfra. Dialogando com o minimalismo, o CD promoveu grande economia de espaço, mas restringiu as possibilidades dos efeitos gráficos/visuais alcançarem o mesmo êxito dos antigos LPs. Ou seja: ver a capa de um CD não provocava o mesmo frisson que o de um LP. Os CDs também perderam espaço e hoje ouvimos música através de diversos streamings.

Então vai aí uma provocação: vamos postar aqui neste espaço as capas preferidas de cada um. Coloque a sua indicação, acompanhada de imagem.

Começo com a sensacional capa do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Banda dos Corações Solitários do Sgto Pepper), dos Beatles (1967), que foi produzida por uma equipe de artistas comandada por Jann Haworth e Peter Blake. A capa foi criada a partir de um esboço de Paul McCartney. Ela é considerada uma das mais icônicas da história da música pop e conta com a presença de ilustres figuras como Albert Einstein, Bob Dylan, Edgar Allan Poe, Karl Marx, Marilyn Monroe, Marlon Brando e muitas outras.

E a capa do Beggars Banquet (Banquete dos Mendigos), dos Rolling Stones? O disco tem duas versões de capa: uma toda branca, meio sem graça, e outra que é uma foto feita num banheiro, com a privada e tudo, onde o título do disco aparece escrito com pincel atômico numa parede. Nada demais também. Mas tem uma foto sensacional que surge na parte interna da capa. Ela mostra os Stones num fim de banquete realizado num castelo medieval. Exibe decadência e elegância, tanto do cenário quanto dos figurinos dos músicos-mendigos rodeados por cães e outros bichos.

Stand Up, do Jetro Tull, foi demais! Comprei o LP e o bacana é que quando você abre a capa, os bonequinhos de papelão, representando os músicos, levantavam-se (stand up). Uma capa supercriativa que traz como recheio um dos meus discos favoritos.

Não sou grande fã do Pink Floyd. Apesar disso tive a oportunidade de ver um show da banda ao vivo em Ann Arbor, USA, que é a cidade-sede da Universidade de Michigan. Quem viveu em Ann Arbor por um tempo foi o grupo de rock revolucionário, MC5. Mas voltando ao Pink Floyd, apesar do show ser legal e tal, lá pelas tantas um gaiato gritou da plateia a plenos pulmões: Rock and Roll! Certamente questionando o som progressivo do PF e reiterando que ali, em Ann Arbor, quem manda é o velho rock! Dei toda essa volta pra lembrar da lendária capa do disco da Vaca, o Atom Heart Mother (Coração Atômico de Mãe). Uma, dentre as mais importantes capas do Pink Floyd.

Aguardo as capas que vocês vão sugerir, vamos fazer uma bela salada plástico-musical.

Revisão e sugestões: Hilário Rodrigues

Montagem das fotos de capas: João Diniz

Colaboração midiática: @rodrigo_chaves_de_freitas

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Para ler mais crônicas, acesse: https://www.caleidoscopio.art.br/category/cultural/cultural-musica/cronicas-musicais/

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