A Estação das Chuvas
Lino de Albergaria
Editora Scriptum
Ficção brasileira
14 x 22,5 cm - 120 páginas
4ª edição - 2012
Texto premiado no
Concurso de Romances do Paraná - 3º lugar
Sinopse:
Em A Estação das Chuvas, Naum, Rute e Gabriel - os três narradores - relatam sua tarjetória pessoal em busca da felicidade. E trilham os caminhos do corpo (Gabriel), as estradas da alma (Naum), as veredas do espírito (Rute). Cada narrador apresenta em tom confessional uma visão unilateral da realidade. Sobrepondo-se e entrelaçando-se, as três histórias constroem um todo único.
Belo Horizonte mergulhada em chuvas de verão compõe o ambiente, onde o cair da chuva dá o ritmo dos acontecimentos e pensamentos das personagens.
Através dos rituais de uma seita amazônica, Rute experimenta sensações que a levam em direção ao céu e ao mesmo tempo a prendem no chão. Naum empreende o resgate histórico da cidade, revisitando lugares na busca de pedaços - de si mesmo. Gabriel, na conversa com o analista, também procura compreenderem que espelho perdeu sua face. Mostram-se - todos três - como péndulos que oscilam entre o conhecido e o ansiado.
Trecho:
"Alguma coisa em mim está conectada com aquela negra cheia de ancas dançando com tanta malemolência. Me imagino na semana que vem, pintando quadros verde-amarelos, cheios de dançarmos mulatos. Mudando todo meu trabalho. E uma ideia que logo desvanece. Tarsila do Amaral existiu há mais de meio século. Me lembro também de Macunaíma. O livro, o filme, a peça. Acho que caí dentro da imaginação de Mário de Andrade. Ou isto será o astral do Brasil? Por que não vi um inca? Nem a chacrona me apareceu na forma de uma rainha? Mas só um índio barrigudo, uma índia de peito caído? Tem a ver com a música e com esta casa colorida com os tons do Terceiro Mundo?"