O galpão da Mimulus sempre foi o berço das criações da companhia, desde o seu início, na década de 1990. E continua sendo até hoje o espaço de ensaios, novas experimentações e criações.
Além disso, é um dos espaços cênicos onde os bailarinos dançam mais próximos do público.
Tudo isso faz com que sempre seja muito especial para a companhia se apresentar ali, no “nosso” galpão.
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🔸 Dia 14 de fevereiro de 2025, sexta, às 20:00 – espetáculo PRETÉRITO IMPERFEITO, no Grande Teatro do Palácio das Artes, Belo Horizonte – MG
🎟️ 🔸”Pretérito Imperfeito” faz alusão ao tempo verbal enfatizando a ideia de que as lembranças do passado se reverberam no presente. A Cia utiliza-se do espetáculo para apresentar suas memórias e lembranças, depois de muito investigar e refletir sobre a sua trajetória.
O público participa e alimenta o espetáculo compartilhando o que jamais irá esquecer, em pequenos pedaços de papel, bilhetinhos que são incorporados à cena.
O espetáculo teve como primeira inspiração a leitura do livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, do filósofo francês Andre Comte-Sponville. Em seguida, caminhou pela mitologia grega, na qual a Dança se apresenta como filha da Memória. Laboratórios de poesia e de música erudita brasileira contribuíram para que o diretor artístico Jomar Mesquita harmonizasse a trilha sonora, a fala, cenário e luz às pesquisas corporais desenvolvidas em conjunto pelos bailarinos, gerando mais um trabalho surpreendente da Mimulus Cia de Dança. A trilha sonora é composta por músicas instrumentais brasileiras, indo do erudito ao popular.
Tempo verbal utilizado para a descrição de fatos passados não concluídos inteiramente (“imperfeitos”). Se o que nunca vamos esquecer se faz presente em nós todo o tempo, o passado não chegou perfeitamente ao seu final. Pois somos feitos pelas memórias, pelos pretéritos não concluídos, pelas lembranças que, como janelas, se abrem, iluminam e modificam a realidade.
E sobre essa urdidura tênue de lembranças e vestígios, o espetáculo se constrói. Presentifica de tal forma as pequenas e grandes memórias, que ele próprio se modifica em cada uma de suas apresentações. Pela presença do corpo de cada um dos bailarinos, pelas lembranças dos espectadores registradas no cenário, faz-se a história da própria Mimulus.
Lembrar-se do que nunca foi esquecido é matéria e consistência do ser humano, que produz em cada geração a repetição e a elaboração das mesmas experiências. Então, a qual desesquecimento amarra-se um laço no dedo?
🎟️ Garanta seu ingresso pelo link da bio @mimulusciadanca.
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